sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Fim do 1º Período

Olá a todos! Chegámos ao fim do 1º Período, com muitos textos produzidos ao som do Carnaval dos Animais (de alguns excertos).
Deixo-vos o Carnaval dos Animais em versos. Divirtam-se!
Boas férias.

Saint-Saens – Carnaval dos Animais

Versos de João Belchior Viegas


Grande fantasia zoológica,

chamou Saint-Saens a esta obra,

que exclui com certa lógica,

entre vários animais, a cobra.

Que outro compositor celebre

os que ficaram de fora

como por exemplo, a lebre.

Os eleitos iremos vê-los agora.


Um leão extremamente místico e voraz

mastiga ossadas franzindo o sanho.

O leão, como sabem, é um quadrúpede capaz

de atingir em alguns casos um grande tamanho.

Vive na selva, paraíso denso, que atroa

com rugidos medonhos e corridas loucas.

Quando se apaixona, casa com a leoa,

fêmea graciosa e terna como há poucas


O galo é um animal bulhento

que grita como um sargento.

Da sua fêmea, a galinha,

faz-se excelente canjinha.


O onagro, ou burro selvagem,

que é por excelência um azinino

não tem vocação para a viagem

e caracteriza-se pela falta de tino

Na idade própria zurra

para atrair a burra ou onagra.

A onagra é bastante burra

e distingue-se por ser mais magra.


Há quem teime que a tartaruga

é um bicho sem predisposição

para a dança, o salto e a fuga.

Tudo é uma questão de opinião

mas o que ninguém pode desmentir

é que a tartaruga não tem dentes

o que a impede de sorrir

e que da carapaça se fazem os pentes.


O elefante erradamente chamado paquiderme

é um gigante com epiderme coriácea;

tem dentes de marfim, alimentação herbácea

e anda assim… assim…

Ah! A força é de arromba

e bebe água pela tromba.


Dos marsupiais o canguru

é a espécie mais falada

por ter fama de liru

e nunca estar sossegada.

Por acaso sabes que o canguru

embora leve vida de cigano

é na realidade australiano?

E que para não ficar estafado

de tão frenética sarabanda

passou a andar sentado.

E quando está sentado, anda.


Há cachuchos e há baleias,

há moreias e há sereias;

uns são vorazes, outros gorazes.

A tainha tem muita espinha

e o peixe-espada não usa bainha;

se a pescada é pescada,

o cação é caçado

pois ninguém sobrenada

no grande mar salgado.


Do reino das mulas

as notícias são nulas.


No mundo da passarada, os cucos

passam por perfeitos malucos

mas a verdade sem mais demoras

é que só eles sabem dar as horas.


Na madre natureza, os passarinhos

são belos ornamentos musicais.

Ouvindo a flauta dos pastorinhos

compõem melodias celestiais.

O roussinol canta Rossini

e o papagaio Papaganini;

a codorniz dança o Xote

e a gaivota a Gavotte.

Moralidade: para ser artista

há que comer muita alpista.


Neste Carnaval dos animais

passa-se agora em revista

um com dotes excepcionais.

Trata-se, claro está, do pianista.

Não confundam porem estes bípedes

com os animais chamados solípedes

pois só é pianista original

aquele que for às no pedal.


Da infinita variedade de animais

há uns que se destacam entre os mais

pela sua estranha configuração

que nos desperta logo a atenção.

Não admira pois que certo tolo

censurasse bestas menos dóceis

gritando“que fossem fazer tijolo”

e acrescentando “oxalá fosseis fósseis”.


O cisne é um animal absorto

que se parece bastante com o pato.

Dizem que só canta quando está quase morto

o que é afinal uma questão de tacto.


E eis o grande final

do Carnaval animal.

Farândola de criaturas obtusas

toda em colcheias e semifusas.

Foi alegre o Entrudo

com pianistas e tudo

e, se gostou do entremês,

toque o disco outra vez.




quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Aula 14/12

Hoje foi a nossa última aula do 1º Perído. Fizemos um balanço sobre o trabalho desenvolvido ao longo deste tempo e os alunos fizeram a sua auto-avaliação.
Boas férias!

Aula 7/12

Hoje fizemos a gravação da dramatização dos textos construídos a partir dos Galos e Galinhas, do Carnaval dos Animais.